(um artigo publicado no nº1 da "Inde Informação)
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Quinze mulheres do Prior Velho, portuguesas e africanas imigradas, que pretendem agrupar-se numa cooperativa de prestação de serviços, afim de evitar postos de trabalho precário ou clandestino, constituindo um projecto piloto do programa CACEP.
Quinze mulheres do Prior Velho, portuguesas e africanas imigradas, que pretendem agrupar-se numa cooperativa de prestação de serviços, afim de evitar postos de trabalho precário ou clandestino, constituindo um projecto piloto do programa CACEP.
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Tomam conta de crianças, fazem o trabalho doméstico, ocupam-se de idosos, e estão prontas para outras actividades que lhes permitam uma formação que as profissionalize. Nos arredores de Lisboa, no Prior Velho, quinze mulheres mobilizaram-se e vão beneficiar das medidas previstas no programa CACEP da Câmara Municipal de Loures, de parceria com a INDE, com o objectivo de criarem uma empresa e os seus próprios empregos.
Tomam conta de crianças, fazem o trabalho doméstico, ocupam-se de idosos, e estão prontas para outras actividades que lhes permitam uma formação que as profissionalize. Nos arredores de Lisboa, no Prior Velho, quinze mulheres mobilizaram-se e vão beneficiar das medidas previstas no programa CACEP da Câmara Municipal de Loures, de parceria com a INDE, com o objectivo de criarem uma empresa e os seus próprios empregos.
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No Prior Velho, uma freguesia do concelho de Loures, nos arredores de Lisboa, a taxa de desemprego não é mais elevado que fora de Portugal, mas, tal como se diz na Câmara, "as más estatísticas dos nossos vizinhos não criam postos de trabalho cá." Com base na análise da Comissão Europeia, que identifica os serviços de proximidade como uma das fontes mais prometedoras de emprego, a Câmara Municipal de Loures concebeu e apresentou um programa de apoio à criação de empresas no seu território: o CACEP. Este será o instrumento utilizado pelo município para fornecer aos portadores de projectos a informação e apoio necessários à concretização da sua vontade de constituir pequenas empresas.
No Prior Velho, uma freguesia do concelho de Loures, nos arredores de Lisboa, a taxa de desemprego não é mais elevado que fora de Portugal, mas, tal como se diz na Câmara, "as más estatísticas dos nossos vizinhos não criam postos de trabalho cá." Com base na análise da Comissão Europeia, que identifica os serviços de proximidade como uma das fontes mais prometedoras de emprego, a Câmara Municipal de Loures concebeu e apresentou um programa de apoio à criação de empresas no seu território: o CACEP. Este será o instrumento utilizado pelo município para fornecer aos portadores de projectos a informação e apoio necessários à concretização da sua vontade de constituir pequenas empresas.
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A aposta do projecto
A aposta do projecto
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Quinze mulheres do Prior Velho, portuguesas e africanas imigradas, que pretendem agrupar-se numa cooperativa de prestação de serviços, afim de evitar postos de trabalho precário ou clandestino, constituindo um projecto piloto do programa CACEP. Algumas estão no desemprego, outras trabalham algumas horas por semana, outras ainda passam de um emprego precário para outro, e não têm qualquer formação para além da que vão acumulando no desempenho das tarefas tradicionalmente femininas, pouco qualificadas, nos serviços domésticos ou de limpeza. A aposta deste grupo é a de potenciar as competências reais, valorizando-as no projecto da empresa: não se trata mais de assegurar uma receita através de algumas horas de trabalho desempenhadas individualmente, mas de oferecer um serviço estruturado e profissional, recebendo em troca um salário regular. O desafio é estruturar, por exemplo, uma proposta de assistência domiciliária a pessoas idosas, entrando assim num mercado prometedor mas também exigente em termos de qualificação profissional. Outro desafio é ainda o da gestão da empresa, gestão administrativa, comercial e financeira, já que boa vontade e a energia não são suficientes para colmatar falhas existentes na formação inicial das promotoras.
Quinze mulheres do Prior Velho, portuguesas e africanas imigradas, que pretendem agrupar-se numa cooperativa de prestação de serviços, afim de evitar postos de trabalho precário ou clandestino, constituindo um projecto piloto do programa CACEP. Algumas estão no desemprego, outras trabalham algumas horas por semana, outras ainda passam de um emprego precário para outro, e não têm qualquer formação para além da que vão acumulando no desempenho das tarefas tradicionalmente femininas, pouco qualificadas, nos serviços domésticos ou de limpeza. A aposta deste grupo é a de potenciar as competências reais, valorizando-as no projecto da empresa: não se trata mais de assegurar uma receita através de algumas horas de trabalho desempenhadas individualmente, mas de oferecer um serviço estruturado e profissional, recebendo em troca um salário regular. O desafio é estruturar, por exemplo, uma proposta de assistência domiciliária a pessoas idosas, entrando assim num mercado prometedor mas também exigente em termos de qualificação profissional. Outro desafio é ainda o da gestão da empresa, gestão administrativa, comercial e financeira, já que boa vontade e a energia não são suficientes para colmatar falhas existentes na formação inicial das promotoras.
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A formação depois da negociação
A formação depois da negociação
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A primeira negociação com o Centro de Emprego de Moscavide já teve lugar, seguindo-se uma formação de vários meses sobre temas como higiene, comportamento pessoal ou iniciação à gestão. Paralelamente, realizou-se um estudo mais preciso das oportunidades oferecidas pelos particulares, empresas ou instituições sociais, a procura real de serviços, competências exigidas e preços praticados. A visita a uma empresa similar, situada igualmente nos arredores de Lisboa, foi também uma ocasião de aprendizagem e intercâmbio de ideias.
A primeira negociação com o Centro de Emprego de Moscavide já teve lugar, seguindo-se uma formação de vários meses sobre temas como higiene, comportamento pessoal ou iniciação à gestão. Paralelamente, realizou-se um estudo mais preciso das oportunidades oferecidas pelos particulares, empresas ou instituições sociais, a procura real de serviços, competências exigidas e preços praticados. A visita a uma empresa similar, situada igualmente nos arredores de Lisboa, foi também uma ocasião de aprendizagem e intercâmbio de ideias.
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Hoje, após vários meses de paciência e preserverança, o projecto tomou contornos e a formação vai começar, numa primeira concretização dos esforços empreendidos. Este primeiro passo no terreno da profissionalização já originou promessas de outros apoios, nomeadamente a disponibilização de um espaço de trabalho, e deverá permitir, durante 97, a constituição formal da empresa. Resta agora às mulheres do Prior Velho, com o apoio do CACEP e sob sua responsabilidade, provar a viabilidade do projecto.
Hoje, após vários meses de paciência e preserverança, o projecto tomou contornos e a formação vai começar, numa primeira concretização dos esforços empreendidos. Este primeiro passo no terreno da profissionalização já originou promessas de outros apoios, nomeadamente a disponibilização de um espaço de trabalho, e deverá permitir, durante 97, a constituição formal da empresa. Resta agora às mulheres do Prior Velho, com o apoio do CACEP e sob sua responsabilidade, provar a viabilidade do projecto.
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(publicado no "Inde Informação nº1")
(publicado no "Inde Informação nº1")
